Quadro de Salvador Dali "Sonho Causado Pelo Vôo de uma Abelha ao Redor de Uma Romã um Segundo Antes de Acordar"
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Quadro de Salvador Dali "Sonho Causado Pelo Vôo de uma Abelha ao Redor de Uma Romã um Segundo Antes de Acordar"
sábado, 19 de abril de 2008
"Todo coração é uma célula revolucionária"
sábado, 12 de abril de 2008
Mistérios
--Esqueci-me de preparar o bolo ontem! Irei fazer agora!
terça-feira, 8 de abril de 2008
Água
O ser humano parece sempre se cansar de tudo. Se cansa da rotina que leva, do trabalho que realiza, às vezes até mesmo das pessoas com quem convive todos os dias. Reclama da falta de emoções, de aventura, de novidades. Parece enjoar de tudo e sentir a necessidade de ver aflorar todas as suas paixões, como se desejasse que estas se materializassem na sua frente, em busca de qualquer coisa maior.
Inicia, pois, um esquecimento de tudo que antes lhe era de imenso valor, a procura de novas sensações. Não as encontrando, entra em depressão e profunda melancolia, dizendo não haver mais sentido em sua vida. Quando, entretanto, tem seu intento realizado, e perde de alguma forma tudo aquilo que dizia lhe entediar, entra em profundo arrependimento. E chora, e grita, e esperneia, como uma criança, desejando novamente o que outrora lhe pertencia. Descobre que as aventuras a que se entregou não são o que precisava. Alega tal incoerência dizendo antes não enxergar o quão feliz era. Só agora consegue ver a felicidade que tinha em mãos, mas que deixou esvair-se por entre os dedos.
Quão cegos somos nós, seres humanos, que precisamos perder o que temos para darmos a devida importância. Porque só conseguimos enxergar o que se faz extremamente brilhante, brilho este provindo, entretanto, de falsas lantejoulas. O que sempre estava lá, que era, na verdade, o que nos movia a continuar, não percebíamos como essencial. Como a água, que todos os dias bebemos, nos mantém vivos, nos é essencial e, todavia, insistimos em dizer que é insípida, incolor e inodora, sem nunca pensar que sem ela jamais existiríamos. Estamos sempre procurando algo mais que simplesmente a vida, em vez de reconhecê-la a todo momento em cada manhã, em cada ação e em cada pessoa. Mas não, precisamos de emoções repentinas e avassaladoras para nos incendiar e nos dar a certeza de que estamos ali. Somos tão extremamente limitados, que não enxergamos a felicidade no mais despercebido detalhe. Quando perdermos este, será a mais grandiosa saudade. Resta-nos descobrir qual esse detalhe, que mantém nossa chama discretamente acesa, entretanto com a intensidade necessária para se perpetuar até nossa morte. Ações, momentos, pessoas...? Próprio de cada um desvendar...
terça-feira, 1 de abril de 2008
Compra cd ou não comprar? Eis a questão!
No entanto, lá estava nas prateleiras uma versão promocional do disco, em que a capa é de papelão e não vem acompanhado pelo típico encarte do cd. Todavia, todo o resto era igual: mesmas músicas, mesma foto, tão original quanto o outro. Não seriam detalhes irrelevantes que me fariam pagar doze reais a mais na versão não-promocional.
Enquanto permanecia com o CD em mãos, desenvolvia tais pensamentos, quando Pedro falou algo como:
--Não compre esse CD! Ela já está rica demais. Posso baixar todas as músicas para você.
Eu tinha que admitir esse fato: estaria dando mais dinheiro para alguém já tão rico, que por sinal adora gastar suas finanças em todo tipo de droga. Para que gastar minhas limitadas economias em algo que poderia ter facilmente acesso de graça?
Neste momento, lembrei do meu pai, mestre em comprar discos em promoção (e com um ótimo acervo de CDs, diga-se de passagem). Lembrei, pois, o quanto me satisfazia, ao chegar em sua casa, ter aquela enorme opções de CDs para ouvir, capas e encartes para olhar, relembrando discos que marcaram minha infância... Nossa geração, ao contrário da dos meus pais, quase despreza os discos compactos. É considerado por muitos como algo ultrapassado. A moda agora é baixar todas as músicas e passar para o mp3, mp4, mp5, seja qual mp for, tapando seus ouvidos para o resto do mundo. Alguns ainda passam as tão amadas músicas para um cd virgem (de validade mais curta que o cd original); outros preferem deixá-las no computador. Não me imagino colocando um filho meu (que porventura eu venha a ter, num futuro distante) para dormir ouvindo músicas vindas de um computador. Mesmo se eu me utilizar da tática de grave-las em CDs virgens (para escutá-las melhor no aparelho de som), meus filhos, quando maiores, não se divertirão vendo as capas e encartes de álbuns antigos, tal qual hoje me encanto vendo as dos vinis.
Nada contra baixar músicas. Eu mesma de vez em quando faço isso e amo essa facilidade. É maravilhoso ter disponíveis músicas de graça! Ainda sim, sou amante dos CDs. A ansiedade em chegar em casa, após a compra de um novo álbum, para colocá-lo no som, deitar no sofá, e tranqüilamente ouvir suas músicas... Isso vale tudo!
Por isso, acabei rejeitando a proposta de Pedro e decidi levar para casa o novo disco de Amy Winehouse. E foi com prazer que desfrutei de todas as suas músicas antes de dormir! Deixa para a próxima as músicas baixadas. ;p